sábado, 12 de julho de 2008

Coragem de uma carta

Mexendo em meu armário encontrei uma carta, sem título, sem endereço, só com uma pequena frase (acho que para identificar quem iria recebe-la): você acha que sabe o que diz! Intrigada fiquei, pois não sabia de quem era e nem a quem deveria entregar, foi nesse momento que resolvi colocá-la aqui, assim quem passar pode se sentir o dono tomando-a para si.
Dizer-se-ia ela:
O bom da vida é conhecer coisas novas, pessoas novas, conhecer o que se tem medo, mergulhar na sinceridade. O que acaba com o encanto de tudo isso são os defeitos do ser humano, mas quem não os têm? Tudo em perfeição acabaria com a graça de se construir, por mais pensado que isso seja, existe alguns defeitos que deveriam ser amenizados, ou até esquecidos, porque é através deles que conhecemos a fraqueza e a face real de muitos, através deles as mágoas mais intrínsecas denotam para seus possuidores a mais clara decepção!
Subestimar a capacidade de alguém não é dom, é síndrome de superioridade que logicamente não existe! Se sentir superior é apenas reconhecer a própria fraqueza.
Julgar até onde outrem pode ir é limitar-se, pois se você acha que não pode ir além, por que outro não pode cometer tal façanha?
Respostas que queria ouvir dos doces lábios das mais amargas críticas destrutivas, pois criticar para alcançar o "bem feito" vale a pena, mas criticar deduzindo um achismo onde se pensa que tal pessoa é incapaz isso é deixar-se levar pela eiva existente nas mentes mais absurdas, nas mentes que não entendem o poder do querer.
Será tão absurdo que alguém possa conseguir escrever em algumas linhas o que está guardado em seu coração, em sua mente? Será tão absurdo ter algum preparo, competência esta ainda não notada por você? Se isso é tão absurdo para sua mente, alegro-me pois surpreender é um dos meus objetivos. Agora para mim, absurdo é acreditar que existe tais pensamentos, que existe pessoas perfiladoras, que fazem esse tipo de ato (que me causa repúdio) sem base, sem argumentos convincentes, sem respeito algum!
O mais interessante é que você acha que sabe o que está falando, quando na verdade falta-lhe o que falar e a respeito disso digo-lhe: da próxima vez que cruzares meu caminho não me leia apenas, me sinta! Só dessa forma você irá compreender o que eu falo.
agradeço a você por ser minha inspiração nesse momento, pois foi através dela que consegui subir mais um degrau.
(...)
E a pequena carta se encerra com um tom sutil de continuação, tom que confesso ser de muita coragem, não sei que tipo de amargura rodeava quem a escreveu, mas é evidente a convicção e segurança que ela transmite! Como diria um certo alguém: corro atrás dos meus sonhos, quanto as pessoas, deixo-as livres.

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